segunda-feira, 2 de julho de 2007

Sacolas oxi-biodegradáveis


Ainda lembro como se fosse hoje: entrei em uma loja Boticário para comprar um produto do tamanho de uma caneta Bic e, na falta de uma sacola menor, me deram uma que cabia a loja inteira. Num momento quadrúpede, eis que aceito aquela “singela” sacola como se fosse a coisa mais normal do planeta e vou saindo da loja para encontrar minha ex-namorada que aguardava na porta.

Pra que… ao ver aquele monstro de plástico praticamente vazio sustentado por uma de minhas patas, ela largou um olhar que misturava tons de perplexidade e indignação que muito me lembraram aqueles que a gente leva dos pais nas cagadas da infância. Para completar, ainda veio o golpe final: “mas por que você não colocou no bolso?”. Enfim, o namoro não terminou naquele dia, mas bem que eu merecia ter levado o pé na bunda.

Conto esta breve história porque se a sacola fosse como esta que encontrei no site da Funverde - www.funverde.org.br - o olhar de reprovação teria sido muito menos traumático. São sacolas oxi-biodegradáveis, cujo tempo de deteorização na natureza é de aproximadamente 18 meses, contra 500 anos de uma sacola normal.

Segundo os dados contidos no site, o mundo consome 1 milhão de sacos plásticos por minuto, o que significa quase 1,5 bilhão por dia e mais de 500 bilhões por ano. É o resíduo que mais polui as cidades e campos. Prejudica a vida animal, entope a drenagem urbana e rios, contribuindo para inundações. A cada mês, 1 bilhão de sacos plásticos são distribuídos pelos supermercados no Brasil.

Fica aqui a dica para as empresas que quiserem colaborar com o meio ambiente e ter um grande diferencial para sua marca. Assim como a minha ex-namorada, muitos consumidores estão de olho.

10 comentários:

Anônimo disse...

Existem estudos recentes indicando que a sacola oxi-biodegradável feita da tecnologia d2w possui como componente metais pesados. A decomposição desse material é apenas visual, dá a impressão de que se decompõe, mas o plástico esfarela-se misturando-se com o solo e com a chuva é levado para os lençóis freáticos poluindo as águas. Isso não é pior do que levar anos para se decompor? E ainda tem gente aprovando leis para obrigar o uso do material...
guerrilha verde..ahã!!

Anônimo disse...

Fernanda,
A FUNVERDE antes de apoiar e disseminar esta tecnologia se fundamentou em dezenas de laudos internacionais, inclusive do FDA para contato com alimentos e mais de duas dezenas de laudos nacionais, confirmando que este plástico é biodegradável sim.
Vou explicar passo a passo, porque o plástico demora mais de 500 anos para se decompor. Porque sua cadeia molecular é muito longa, e para ser consumido por microorganismos. É o mesmo que você tentar comer uma melancia inteira, não dá, ou pelo menos irá demorar para comer esta melancia.
Ao adicionar no plástico convencional os promotores de oxidação no processo de fabricação de embalagens plásticas a partir de Polietileno, Polipropileno ou Poliestireno, estes plásticos vão degradar por oxidação em qualquer ambiente que possua oxigênio. Esta degradação oxidativa é acelerada pela luz e calor. Após a degradação oxidativa as cadeias poliméricas são diminuidas a um tamanho que permita a biodegradação por microorganismos, resultando em água, CO2 e biomassa, isto é, cortar a melacia em pequenas fatias para que que os microorganismos possam consumir este plástico em aproximadamente 18 meses, ao contrário do plástico convencional, que fica poluindo o planeta por mais de 500 anos.
Mas é claro que é uma solução que chamo meio de caminho, porque o final do caminho é o uso somente de sacolas retornáveis, ficando o plástico oxi-biodegradável para embalagem de contato direto com produtos, inclusive alimentos, para diminuir o ciclo de vida do produto, para aproximá-lo mais do ciclo de vida do produto.
Sei que está tecnico demais mas mais uma explicação, você acha ambientalmente correto você tomar um iogurte por um minuto ou usar um xampu por uma semana e depois as embalagens dos produtos ficarem como uma herança maldita para nossos filhos, netos, bisnetos …?

Anônimo disse...

Pessoa da FunVerde,

A questão que a Fernanda colocou foi que a "decomposição desse material é apenas visual, dá a impressão de que se decompõe, mas o plástico esfarela-se misturando-se com o solo e com a chuva é levado para os lençóis freáticos poluindo as águas."

Cristiana Passinato disse...

a FUNVERDE bem como outros interessados na venda do produto só pensam o tempo inteiro nas certificações do produto pra sua comercialização, o que não se sabe é que a certificação é sobre o aditivo que caracteriza a tecnologia d2W e que é vendido a cada fabricante de sacolas, que produz o LDPE em filmes pra manufaturar as sacolas já com esse aditivo e as fábricas usam o aditivo na concentração necessária pra degradação no tempo que elas prometem aos seus clientes, logicamente essa quantidade e esse tempo parecem ter 1 legislação e 1 norma também, mas o que já se sabe que não se há 1 controle tal que se saiba qual a quantidade utilizada padrão desses fabricantes que compram o aditivo que sim, até os representantes no Brasil informam, são efetivamente formados por metais pesados, que não se degradam no processo e ao final impactam mais ainda, sim, ao solo onde há o processo e reação de decomposição, ou seja, é despir 1 santo pra vestir outro, como vários produtos ditos sustentáveis que estão sendo severamente criticados, estudados, e melhorados.
A idéia, muitas vezes já me manifestei, dizendo que é boa, somente há necessidade pra melhoria dessa aditivação se possível, ou a comprovação do controle dessa aditivação, ou ainda os estudos desse impacto se realmente há comprovação de que não se faz mal mesmo ao ambiente, que ao nosso ver (pesquisa), faz mais mal se fosse degradando dentro do seu tempo normal, só se gerindo melhor o resíduo sólido e estimulando e melhorando outras vias até econômicas da minimização dessa massa e volume tão sérios que sabemos que é visualmente constatada de lixo plástico.
Um abraço

Unknown disse...

A vida útil de aterros sanitários está intimamente ligada à qualidade dos resíduos acondicionados na área. É válida a idéia das sacolas oxi-biodegradáveis, porém é preciso atentar para o fato que a oxidação em condições específicas (calor e luz) não confere viabilidade ao processo. Mesmo que isso aconteça, o produto dessa oxidação deve ser inofensivo ao solo e à atmosfera. Atendendo a essas especificações, através de normas regulamentadas por órgãos competentes, acredito que as sacolas oxi-biodegradáveis possam gerar um ganho ambiental realmente palpável.

Instituto Curupira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Instituto Curupira disse...

As sacolas oxibiodegradáveis podem a até "desaparecer" no meio ambiente mais depressa. Mas e os animais marinhos que as confundem com alimento, como que fica?

sandra r. g. a. muniz disse...

sou de uma cidade pequena do ES, e nunca havia ouvido falar de sacolas oxi-degradavel. me preucupo muito com a preservação do meio ambiente,me pergunto-se não seria o caso de passar a ser obrigação dos comerciantes em geral fazer uso da mesma. se ouver uma união entre comerciantes e consumidores poderia ser possivel diminuir o impaquito ambiental no mundo. como eu muitas pessoas tambem pode desconher este fato, os meios de comunicação deveria ter o compromiço de orienta as pessos neste sentido,tornamdo assim pessoas ciente de seus erros.

Anônimo disse...

cuidado ao escrever, atente os erros de português!!!!!!

carmen disse...

Sou professora do sistema público de educação e sempre trabalhos muito a questão ambiental. Este ano devido à minha reabilitação de função, peguei pra mim a responsabilidade de recolher todos materias de expediente que os alunos trazem para a escola, como por exemplo: Cartolina, E.V.A., Papel Cartão e Folhas de ofício e me espantei com a quantidade e o tamanho das sacolas, que as lojas colocaram os materiais no afã de agilizar o trabalho pedi ajuda de alguns alunos para organizar o material escolar e quando vi a quantidade de sacolas resolvi não jogá-las fora,pensei em separ as penas para lixos sujos (banheiro e outros e as sacolas maiores levar nas lojas como forma de devolução, pois a quantidade é realmente é grande. Mas o que me chamou atenção foi uma sacola da Loja Havan (mais fininha)pensei em olhar o fornecedor e para minha surpresa e (ignorância se tratava de uma sacola oxi bio degradável. Pois é gente se fala tanto em não usar tanta sacola, mas o que se vê na realidade é bem outra coisa, será que um dia o povo esclarecido (ou não) irá se conscientizar que devemos nos recusar a usar sacolas pláticas?
Como faziamos há anos atrás, quando tinhamos as benditas ou devo dizer (malditas) sacolas?
acesse www.escolacurtbrandes.com.br