terça-feira, 14 de agosto de 2007

China na frente

Após conquistar a triste liderança no ranking dos países mais poluentes do mundo, ultrapassando os EUA, a China também conquistou a dianteira na formulação de projetos de MDL – Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, que visam reduzir as emissões de dióxido de carbono. (ver post sobre Protocolo de Kyoto).

Os projetos do país representam 50% das emissões a serem evitadas (1,88 bilhão de toneladas de dióxido de carbono ou seu equivalente em outros gases). A Índia vem em segundo (880 milhões de toneladas) e o Brasil, em terceiro (204 milhões de toneladas).

Cada toneladas de CO2 evitada pode ser vendida aos países desenvolvidos obrigados a reduzir a poluição. Hoje, uma tonelada de dióxido de carbono vale em torno de 14 euros. Por este valor, os 231 projetos de MDL de empresas e outras entidades brasileiras receberiam, a preço de hoje, cerca de R$ 7,4 bilhões.

No Brasil, a geração elétrica é o setor que mais contribui para a redução de gases-estufa (140 projetos), seguido da suinocultura (38), aterros sanitários (25), indústria (11) e eficiência energética (9). A redução na emissão de dióxido de carbono lidera (65%) seguida do metano (34%). Os demais gases respondem por apenas 1% dos projetos.

Fonte: portal Terra

Mídia Limpa

Seguindo uma nova tendência na mídia exterior, que surgiu com a premiação no Festival de Cannes de um outdoor que captava energia solar e abastecia uma escola na cidade de Johannesburgo, na África do Sul, agora é a vez de Londres ganhar sua versão de “outdoor verde”.

Peças de mídia exterior com energia gerada pelo vento e pelo Sol estão sendo utilizadas para divulgar os produtos de energia limpa da NPower, empresa que oferece opções não poluentes para abastecer as residências.

Fica aqui a sugestão para o Projeto Cidade Limpa, que retirou diversas placas das ruas de São Paulo, devido à poluição visual. Quem sabe a substituição das placas que sobraram por outdoors deste gênero, deixe a cidade ainda mais limpa e sustentável.


Receita da sustentabilidade

Segue um trecho de texto muito interessante que retirei do site do portal Terra, através do qual o norte americano Andrew Savitz, autor do livro Empresa Sustentável, afirma que atualmente as empresas que buscam unicamente o lucro se tornarão insustentáveis.

“Segundo especialista, a empresa deve buscar o ponto de equilíbrio entre ganhos para seus sócios e investidores e uma gestão responsável dos pontos de vista social e ambiental. Na visão de Savitz, as empresas que se atêm à exploração dos recursos humanos e naturais em busca exclusivamente de lucro são empreendimentos insustentáveis, que encontrarão cada vez menos espaço num mundo em que a pressão de acionistas, investidores e consumidores por um comportamento social e ambiental responsável é crescente. "Sustentabilidade não é filantropia. Estamos falando de preservar, gerir e fazer bons negócios", disse o palestrante, segundo a jornalista Sílvia Lakatos, da Agência Indusnet Fiesp.

Savitz procurou mostrar as diferenças nas exigências para fazer negócios hoje e nas décadas de 1950 e 1970. "Nos anos 50, esperava-se que as empresas ganhassem dinheiro e fizessem filantropia. Nos anos 70, começaram a ser incorporadas as idéias de proteger o meio ambiente e assumir uma maior responsabilidade pelos produtos. Hoje, as empresas são cobradas para que promovam a diversidade, ajudem a recuperar o meio ambiente, combatam o trabalho infantil, monitorem a cadeia de suprimentos, promovam a saúde pública, gerem empregos e levem desenvolvimento para as comunidades em que atuam. E, é claro, precisam continuar ganhando dinheiro."

Fonte: portal Terra


Recorde de eventos climáticos

2007 é o ano dos recordes climáticos extremos. De acordo a agência meteorológica das Nações Unidas - WMO, nos meses de janeiro e abril as temperaturas das áreas de terra firme do planeta provavelmente foram as maiores desde que as medições começaram a ser realizadas, no ano de 1880. Neste contexto quase catastrófico, podemos incluir as enchentes na Ásia, as ondas de calor na Europa, neve na África, entre outros.

E olha que estamos ainda em agosto...

domingo, 5 de agosto de 2007

I count

Este comercial faz parte da campanha “I count”, que visa mobilizar as pessoas para que cada faça sua parte na batalha contra o aquecimento global, e também forçar o governo a tomar atitudes ambientalmente responsáveis. Só no lançamento da campanha no Reino Unido, mais de 70 mil pessoas aderiram à campanha.

Acabei de dar uma olhadinha no site, e agora já são 180 mil guerrilheiros ingleses conscientes da importância de fazer alguma coisa pelo nosso planeta. I count!

www.icount.org.uk

Fonte: site Update or die

Casa Verde - Dica 1

Na revista Go Outside do mês de maio, saiu uma matéria muito interessante sobre “construções verdes”. Segundo um estudo das Nações Unidas, melhorias na arquitetura e na economia de energia em prédios e casas são mais eficientes no combate ao aquecimento global que a diminuição da emissão de gases estabelecida no Protocolo de Kyoto.

Vou repassar estas dicas em posts separados, para facilitar a leitura. Muitas destas alternativas já estão disponíveis em nosso país, basta procurar no nosso amigo Google.

Dica 1 – Utilize madeiras certificadas

Na hora de comprar madeira, dê preferência aquelas com selo de certificação que garante que o corte é feito somente quando já deu tempo de toda área ser reflorestada, garantindo que a área nunca fique desmatada.

No Brasil, a Ecoleo do Rio de Janeiro é a primeira empresa revendedora de madeira certificada. Um painel de eucalipto de 2,30 x 0,60m sai por R$ 100,28.

www.fsc.org.br

Fonte: revista Go Outside

Moda sustentável

Esta é para quem quer vestir literalmente a camisa da eco-responsabilidade. A marca de roupas esportivas Track&Field lançou uma série de camisetas confeccionadas a partir de fibras recicladas de garrafas PET, combinadas com algodão.

Para quem não sabe, as garrafas PET estão na lista dos principais poluidores do meio ambiente. Basta dar uma voltinha pela cidade para ver a enorme quantidade destes plásticos sujando terrenos vazios, rios, etc.

As camisetas, dois modelos femininos e dois masculinos, tem estampas com o panda da WWF e um aplique na manga que quando exposto aos raios ultravioletas, aparece em tom rosado com a frase "UV Warning, Wear Sunscreen, Track & Field".

Parte da renda com a venda das camisetas será revertido para projetos sociais da entidade no Brasil. www.tf.com.br




terça-feira, 17 de julho de 2007

Não deixe morrer...

Comercial do Partido Verde da Bélgica. Inteligente, simples e direto.

Mochilas solares

Uma forma “cool” e bastante interessante de poupar um pouco de energia. Estas mochilas e bolsas que já estão à venda lá fora (não achei por aqui), são confeccionadas com painéis solares capazes de carregar o celular, mp3, PDA’s, câmeras digitais, entre outros. Infelizmente, sua capacidade ainda nao é suficiente para carregar um laptop, mas com certeza vão chegar lá.


Se alguém encontrar uma dessas por aqui, manda o nome da loja por e-mail. : )

Para publicitários e marqueteiros de plantão

O texto a seguir, é a reprodução na íntegra de um panfleto “anônimo” distribuído no maior festival de propaganda do mundo, o Festival de Cannes 2007. Sem uma identificação de autor precisa, seu conteúdo é direcionado aos profissionais de comunicação e fala sobre temas como consumo, ativismo e meio ambiente. Vale a reflexão.

A Hipótese do "Google Feedback"


Imagine este cenário: Googlebots navegam pela web procurando por frases que incluam as palavras ’Eu quero...’. Em todos os idiomas. Isso é o tipo de coisa que o AdSense faz, de qualquer jeito. Agora imagine o Google dando esta informação para companhias investidoras que analisam estes desejos demograficamente, geograficamente, etc. Eles descobrem uma constelação de desenvolvedores, advogados e consumidores que estão começando a formar um mercado experimental para, digamos, carros elétricos. E começam a investir em indústrias que desenvolvem e defendem esse produto. Blogs sobre o assunto vão aparecendo enquanto o debate sobre a tecnologia se espalha.



O próximo ponto é o mais interessante: as pessoas começam a perceber que estão sendo ouvidas. Este retorno deflagra a criação e ajuste de ambientes de mercado para estes assuntos ’ouvidos’, a partir da idéia de que o ato de expressar e compartilhar tais desejos nos levaria a uma espécie de Governança de Código Aberto, acima das forças de produção. Projeções de mercado começam a aparecer e mercados especulativos são criados com o propósito de aplicar estas previsões, também conhecidas como ’Mercado de Informações, Mercado de Decisão ou Mercado de Idéias’, onde pessoas são desafiadas a colocar seu dinheiro e fazer apostas sobre o futuro. A partir daí, a indústria estabelece seus investimentos e passa a fazer parte deste diálogo.



Em outras palavras, muitas decisões econômicas e políticas são alcançadas coletivamente, e os consumidores começam a trabalhar em conjunto com estas forças.



Quem não entra nessa?

O problema é que isso está acontecendo em um momento da história onde os políticos do planeta não estão trabalhando juntos de jeito nenhum. Testemunhamos a falência do encontro do G8 agora em junho na Alemanha. A consciência coletiva está apenas acordando para esta realidade.

"

Abrindo a mente capitalista



Quando a sobrevivência se transformar em uma questão global (vide o Live Earth), aí sim a consciência por si mesma deverá se transformar em uma força global que encare estes fatos e acontecimentos. Nós precisamos desenvolver uma síntese de decisões político-econômicas em escala global.



Junto com os nossos clientes.



Nossa sobrevivência depende disso.



Contatos: treehaus@gmx.net

Fonte: Meio e Mensagem

domingo, 15 de julho de 2007

Desligue da tomada

Segue um texto da agência de notícias Reuters que alerta para o crescimento acelerado do número de equipamentos eletrônicos em casa e o conseqüente aumento do consumo de energia elétrica. Como é possível perceber, desconectar os aparelhos de uso não constante da tomada é uma atitude inteligente tanto na parte de preservação da natureza, quanto para o próprio bolso.

Boom de eletrônicos eleva consumo de energia.

Equipamentos de alta tecnologia responderão por quase metade do consumo total de energia em um domicílio britânico típico em 2020. O Energy Saving Trust (EST), da Grã Bretanha, afirmou que os eletrônicos superarão os eletrodomésticos e a iluminação como maiores causas de consumo doméstico de energia.

O relatório, "The Ampere Strikes Back", afirma que os aparelhos novos freqüentemente consomem mais energia do que modelos passados, e muitos ficam em standby em lugar de serem desligados. Alguns nem mesmo dispõem de um botão de desligar. "Não só há muito mais aparelhos em um lar médio mas muitos deles vivem em estado de prontidão permanente para a ação", afirma o relatório.

Em 1982, apenas três por cento dos domicílios dispunham de um computador pessoal, ante 60 por cento hoje. Da mesma forma, a presença de impressoras subiu de 0,8 por cento para 58 por cento dos domicílios do país. As residências muitas vezes têm mais de um televisor, e as pessoas vêm comprando mais aparelhos de tela grande, que consomem mais energia, segundo o relatório. Em 2020, os televisores em standby consumirão 1,4 por cento de toda a eletricidade usada em domicílios, prevê o relatório.

A despeito das tentativas de alguns fabricantes de produzir aparelhos mais eficientes do ponto de vista energético, certos modelos de rádio digital ainda usam quatro vezes mais energia do que produtos analógicos semelhantes, informa o relatório. A elevação no número de domicílios com um único morador - muitos dos quais são equipados com televisores de tela grande, conectores de cabo e Internet, computadores, consoles de videogame, gravadores de TV e música, e rádios digitais- vai elevar ainda mais o já alto consumo de energia.

Segundo o EST, os domicílios britânicos poderiam economizar 37 libras ao ano em suas contas de energia se desconectassem os aparelhos das tomadas. Philip Sellwood, presidente do EST, aconselha: "Pense sobre como você usa seus aparelhos e desligue o equipamento desnecessário, e também combata o impulso de manter os aparelhos antigos quando adquire produtos novos".

Fonte: Adnews e Reuters

Mais sacolas biodegradáveis

Há alguns dias postei aqui no blog um texto falando dos benefícios ecológicos trazidos pelo uso das sacolas oxi-biodegradáveis, inclusive como uma dica para empresas que querem conquistar o consumidor com uma imagem ambientalmente responsável.

Pois a boa notícia é que parece que a sacolinha vai pegar mesmo. Um projeto de lei do deputado paulista Sebastião Almeida já foi aprovado pela Assembléia Legislativa e, se sancionado pelo governador José Serra, vai obrigar lojas e supermercados de São Paulo a oferecer a sacola de plástico biodegradável a partir do ano que vem.

Aqui no Paraná, as redes de supermercados Condor e Super Muffato também aderiram ao uso desta tecnologia, o que representa mais de 100 milhões de sacolas/mês não poluindo por centenas de anos o meio ambiente. Além disso, segundo uma amiga minha que trabalha na Prefeitura de Curitiba, nas feiras de alimentos organizadas pelo município já estão sendo utilizadas as sacolas oxi-biodegradáveis. Tomara que a moda pegue.